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Trabalhadores vão às ruas em todo o país nesta terça contra retirada de direitos


Mobilização em capitais ocorre em frente às sedes de entidades patronais no país, contra a terceirização, reforma da Previdência e retirada de direitos da CLT

Publicado: 15/08/2016

Da Rede Brasil Atual 

As oito centrais sindicais que representam os trabalhadores no país realizam amanhã (16) atos nas capitais contra a perda de direitos trabalhistas e previdenciários, pretendidos pelo governo interino de Michel Temer e pelas bancadas conservadoras do Congresso Nacional. A mobilização será em frente às sedes das principais entidades patronais do país.

No Recife, terá ato da Fetape, às 8h, na Secretaria de Agricultura, além de um ato, às 17h, com a Frente Povo Sem Medo e Conlutas na Praça da Independência, centro da capital. Em São Paulo, a concentração será às 10h, na porta da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, a concentração também será às 10h, no Boulevard Olímpico da Praça Mauá. Em Salvador, o ato começará às 9h, em frente à sede da Federação das Indústrias da Bahia (confira agenda completa abaixo).

“A luta contra a perda de direitos trabalhistas e previdenciários faz parte de uma agenda comum em que as centrais sindicais estão trabalhando juntas”, afirmou hoje (15) o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio à Rádio Brasil Atual. “As mobilizações de amanhã visam justamente a construir um posicionamento unitário contra a redução de direitos. As centrais e os movimentos são favoráveis ao aperfeiçoamento da lei, a uma melhoria das condições gerais da legislação, mas nunca à redução, à retirada de direitos. Elas estão atuando juntas para poder avançar e conquistar esses direitos.”

Segundo Clemente, a unidade surge “para fazer o enfrentamento de uma agenda que será bastante difícil”. Entre os projetos que estão na mira do governo e do Congresso estão a reforma da Previdência, em que se cogita a adoção de uma idade mínima de 70 anos, a terceirização ilimitada e a prevalência do negociado sobre o legislado, o que ameaça os direitos previstos na CLT, e também o fim da política de valorização do salário mínimo.

As centrais que participam da mobilização de amanhã são CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT. Além das mobilizações nas sedes de entidades patronais, haverá paralisações nos locais de trabalho como bancos e fábricas – de uma, duas horas ou a manhã inteira.

“Os empresários financiaram o golpe de Estado e agora estão cobrando a conta. Acham que nós é que vamos pagar. Estão enganados. Esse pato não é nosso”, disse o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Segundo Freitas, o Dia Nacional de Mobilização é um alerta ao governo e aos empresários. “Vamos resistir, vamos lutar para impedir o aumento da exploração e a retirada de direitos. A mobilização do dia 16 é um dos passos dessa resistência rumo a uma greve geral.”

Para ele, não é possível aceitar qualquer retrocesso nos direitos sociais. Uma das principais ameaças do momento é a tentativa de implantar o negociado sob o legislado. Neste caso, as relações entre empregado e patrão ditam as regras que ficarão acima dos direitos garantidos pela CLT.

“Não é porque os sindicatos têm medo de negociação ou são acomodados com a legislação. É porque o empresário brasileiro não avança para ter uma relação de igual para igual, muito pelo contrário. O que acontece hoje é uma campanha mundial contra os sindicatos”, argumentou Freitas.

“Aceitamos o negociado sob o legislado, desde que seja negociado com o trabalhador mais do que está na CLT. Aceitamos desde que seja uma proposta melhor para o trabalhador, nada mais do que isso”, alertou o presidente da CUT.

Manifestações pelo país:

Pernambuco
8h – Ato da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado (Fetape) na Secretaria de Agricultura
17h – Ato com a Frente Povo Sem Medo e Conlutas na Praça da Independência, centro do Recife

Alagoas
8h – Casa das Indústrias de Alagoas

Bahia
9h – Em frente à Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) com todas as centrais

Mato Grosso
17h – Ato na Praça Ipiranga, centro de Cuiabá

Mato Grosso do Sul
9h – Paralisação e ato em Campo Grande.
13h – Audiência Pública na Assembleia Legislativa

Pará
8h – Concentração com café da manhã na Escadinha (Próximo à Estação das Docas).
9h – Caminhada pela Avenida Presidente Vargas, fazendo paradas em frente a bancos e agência dos correios. Termina com um ato em frente à agência do INSS de Nazaré.

Paraíba
15h – Parque Solon de Lucena, centro João Pessoa

Piauí
Ato será no dia 23, às 8h, na Praça do Marques

Rio de Janeiro
10h – Bancários vão lançar a campanha salarial e a CUT vai se incorporar na atividade, no Boulevard Olímpico, praça Mauá

Rondônia
Plenária das Mulheres Cutistas do estado em Ji-Paraná

Rio Grande de Sul
7h – Ato estadual unificado em defesa da CLT e da Justiça do Trabalho e contra a Reforma da Previdência, em frente à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), na Avenida Assis Brasil, zona norte de Porto Alegre

Sergipe
Ato antecipado para esta segunda-feira (15) por conta da visita do ministro interino da Saúde, em frente ao Hospital Universitário. Com CTB e Conlutas

Santa Catarina
13h – Ato em frente à Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Florianópolis, com todas as centrais

São Paulo
10h – Ato em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista

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