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Trabalhadores voltam a se mobilizar contra a reforma da Previdência de Bolsonaro


No Recife, a CUT e demais centrais fizeram uma aula pública sobre Previdência, na Praça da Independência, Centro do Recife

Publicado: 21/02/2019

Os trabalhadores brasileiros voltaram a se mobilizar contra a reforma da Previdência. No momento em que Jair Bolsonaro (PSL) entregava o seu projeto de reforma ao Congresso Nacional, trabalhadores e trabalhadoras protestavam contra o fim de suas aposentadorias em todo o País. Em São Paulo, foi realizada a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora. Momento em que os presentes rejeitaram as mudanças nas regras e prometeram se unir contra a reforma.

No Recife, a CUT e demais centrais fizeram uma aula pública sobre Previdência, na Praça da Independência, Centro do Recife (foto). 

A proposta de Bolsonaro dificulta o acesso à aposentadoria, em especial aos mais pobres, e reduz o valor dos benefícios, favorecendo os grupos de aposentadoria privada. Ou seja, os bancos. Caso a mudança seja aprovada, grande parte dos aposentados irá receber menos de um salário mínimo. Os idosos com mais de 65 anos que comprovem não possuir meios de se manter ou não tiverem famílias que os ajudem deixarão de receber o mínimo. Pela proposta, quem tiver acima de 60 anos passa a receber apenas R$ 400 reais, o que os deixará na miséria. Eles só teriam direito ao mínimo aos 70 anos. 

Importante destacarmos que, segundo o Dieese, o salário mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.960,57.

“Bolsonaro tira dos mais pobres para beneficiar os bancos! Nós alertamos a todos durante a campanha para presidente, porque estava claro que ele iria trabalhar para os mais ricos. Não adiantou. Agora estamos aqui avisando novamente. Ou a população brasileira, como um todo, se une em favor da política pública de aposentadorias e pensões ou será massacrada”, comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

A proposta de Bolsonaro pretende acabar com a aposentadoria por tempo de contribuição e determinar a idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres. Para se aposentar com 100% da média salarial, será preciso contribuir por 40 anos. Também está confirmada a transição de 10 a 12 anos, menor do que a proposta do ex-presidente Michel Temer, que era de 20 anos. Além disso, se o trabalhador ficar doente, não conseguirá mais se afastar pelo INSS.

A proposta de capitalização, que provocou o suicídio de centenas de aposentados no Chile, e as mudanças na lei da aposentadoria dos militares podem ser entregues em 30 dias. 

Durante a assembleia em São Paulo, foi tirado um calendário de lutas que prevê atos públicos e mobilização nos locais de trabalho e nos bairros de todos os municípios do País. O objetivo é dialogar com a população e esclarecer as consequências nefastas da proposta. 

No próximo dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, haverá atos de mulheres, em todo o Brasil, contra o machismo, a violência contra a mulher e a reforma da Previdência. No dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, também haverá atos contra a reforma. 
 

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