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Ultraliberalismo genocida provoca mortes por asfixia em Manaus


Por falta de planejamento do governo Bolsonaro e de seu aliado, o governador do Amazonas, Wilson Miranda, a pandemia voltou a se alastrar e a matar centenas de pessoas

Publicado: 15/01/2021


Por falta de planejamento do governo Bolsonaro e de seu aliado, o governador do Amazonas, Wilson Miranda (PSC), a pandemia do novo coronavírus voltou a se alastrar e a matar centenas de pessoas naquele Estado. Como se não bastasse, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus nessa quinta-feira (14) e as pessoas começaram a morrer asfixiadas, como se estivessem em verdadeiras câmaras de gás. O desespero tomou conta dos profissionais de saúde, que estão passando por tortura física e psicológica, e da população daquele estado.  

Segundo o procurador da República do Amazonas, Igor da Silva Spindola, o Ministério da Saúde havia sido avisado sobre a situação dramática dos hospitais da capital quatro dias antes do oxigênio acabar. "A direção de Logística do Ministério da Saúde só se reuniu hoje (quinta-feira) para tratar disso após ser avisada há quatro dias", comentou para a revista Época.

Spindola criticou o que avalia como "falta de coordenação" do governo federal e de militares no ministério, que desconhecem o funcionamento do SUS. 

A incompetência do governo Bolsonaro em solucionar a situação fez com que o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, oferecesse oxigênio para suprir as necessidades do Estado. Governadores de outros Estados brasileiros, como foi o caso do governador de Ceará, Camilo Santana (PT), também ofereceram ajuda. Pacientes já começaram a ser transferidos para estados como o Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás e Distrito Federal. Vários artistas brasileiros também se uniram para enviar oxigênio para Manaus. Mas Bolsonaro considera a Venezuela, os petistas e os artistas brasileiros como seus inimigos.  

“Apenas depois da oferta da ajuda da Venezuela, de estados com governadores de esquerda e dos artistas, o governo Federal se mobilizou para encaminhar aviões com oxigênio para Manaus. Nesse intervalo, dezenas de pessoas morreram asfixiadas. Isso é um terror! Um crime imperdoável. Uma irresponsabilidade enorme com a vida. Bolsonaro não tem nenhuma condição de ser presidente deste país. E já estamos dizendo isso desde a campanha presidencial”, comentou o secretário geral do Sindsep-PE, Felipe Pereira.

Projeto genocida 

O colapso em Manaus não é acidente, mas fruto do projeto bolsonarista. Bolsonaro nunca quis proteger a população brasileira. O presidente minimizou a Covid-19, chamando-a de 'gripezinha', recusou-se a adotar medidas para proteger os brasileiros, foi contra a quarentena dos estados, inclusive a do Amazonas, espalhou mentiras sobre a pandemia, foi contra o uso de máscaras, mandou o laboratório do Exército ampliar, em 100 vezes, a produção de cloroquina, remédio que não serve para tratar a Covid e disse, por várias vezes, que quem tem medo da Covid é coisa de "maricas." Ele também desacredita o uso de vacinas. 

Em reunião com técnicos do Ministério da Saúde, realizada no último mês de março, uma assessora do ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou o que muita gente já suspeitava. Solange Vieira, titular da Superintendência de Seguros Privados, disse: “É bom que as mortes se concentrem entre os idosos… Isso melhorará nosso desempenho econômico, pois reduzirá nosso déficit previdenciário”. É um projeto de ultraliberalismo genocida. 

Indignação

Enquanto centenas de pessoas morrem diariamente em todo o Brasil, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, vira alvo de indignação por segurar as dezenas de ações de impeachment contra Jair Bolsonaro, apesar de viver criticando o governo. Na internet, diversas postagens nas redes sociais têm cobrado uma postura de Maia com críticas fortes a sua negligência com a vida da população brasileira. 

A população começa a enxergar em Rodrigo Maia um aliado de Bolsonaro no projeto de genocídio contra milhares de brasileiros. Maia também terá que arcar com as consequências por estar faltando com a sua obrigação, há vários meses, de abrir um processo de impeachment contra o presidente.  
 

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