Um Estado forte garante serviços públicos de qualidade

A classe trabalhadora brasileira necessita de um Estado forte, promotor de políticas públicas que interfiram diretamente na melhoria da qualidade de vida de toda a população.

É por isso que a maioria das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros é contra a proposta de Reforma Administrativa que vem sendo tramada na Câmara Federal por iniciativa do seu presidente, o deputado Hugo Motta. 

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Hugo Motta criou um grupo de trabalho (GT), com os parlamentares do Centrão e da Extrema Direita, para arquitetar uma proposta de reforma com o objetivo de reduzir os investimentos nas políticas públicas.

Sem dialogar com as servidoras e servidores, os deputados montaram uma armadilha que prevê a precarização do serviço público. Seu objetivo é instituir regimes de contratação mais frágeis, reduzir a estabilidade, flexibilizar planos de carreira e aprofundar desigualdades salariais.

E tudo isso resultará na piora dos serviços oferecidos à população. E sem serviços públicos, o povo brasileiro ficará nas mãos da iniciativa privada.  

Paralelamente à construção da proposta, tem sido divulgado um discurso de eficiência e meritocracia que, na verdade, funciona como fachada para maquiar um processo que busca reduzir o caráter universal e democrático do serviço público para beneficiar empresários.

Com o Estado impossibilitado de atender à população, empresários brasileiros e estrangeiros poderão oferecer serviços a altos custos e, desta forma, obter altos lucros.

Importante lembrarmos que boa parte desses empresários são financiadores de campanhas de deputados e senadores que querem, na verdade, aprovar a Reforma em benefício próprio. Além disso, muitos desses deputados e senadores também são empresários.  

E são esses mesmos políticos, defensores da privatização do Estado, que apoiam e incentivam os ataques dos Estados Unidos da América (EUA) à economia brasileira e usam a bandeira e as cores daquele país. São os políticos de direita e extrema direita, junto com seus seguidores, que defendem os EUA e a aprovação da Reforma Administrativa.

Isso porque o enfraquecimento do Estado brasileiro abrirá uma possibilidade enorme para que entreguistas lucrem com a privatização dos serviços públicos. 

Além disso, a Reforma ataca a Estabilidade. E sem estabilidade, existe a possibilidade de um gestor corrupto fazer o que quiser sem que o servidor possa impedir. Por falta de amparo trabalhista, o servidor pode ser, simplesmente, demitido. Assim, o Estado brasileiro poderá ser facilmente dominado, internamente e externamente!

Isso não é uma Reforma! É a demolição dos serviços públicos!