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“O nosso desafio é continuar defendendo as políticas públicas”


Entrevista com SÉRGIO RONALDO Secretário geral da Condsef/Fenadsef

Publicado: 16/01/2024




Entre as duas propostas em disputas nas eleições presidenciais de 2022, o movimento sindical apostou na vitoriosa. No entanto, apesar do ano de 2023 ter começado com um reajuste emergencial de 9%, ele terminou com o anúncio de aumento zero para os salários dos servidores e servidoras públicas federais para 2024.

Sendo assim, a expectativa é de que o próximo ano seja de muito trabalho e de muita luta para avançar nas conquistas. Isso porque a pauta de reivindicações do funcionalismo federal é grande e o governo tem um orçamento apertado, em um momento, ainda, de reconstrução de um país que foi devastado pelos dois governos anteriores, entre os anos de 2016 e 2022.

E agora, como está a relação entre o Governo Lula e os servidores e servidoras públicas federais. Quais serão as estratégias da categoria para conseguir reajuste para 2024?

Para falar sobre o assunto, a revista GARRA entrevistou o secretário geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo. Ele foi, recentemente, reconduzido ao cargo durante os congressos unificados da confederação e federação, realizados em meados de dezembro, em Brasília.

 

CAMINHO CERTO

Entre os dois projetos que se apresentaram para o povo brasileiro nas eleições de 2022, nós apostamos no projeto de resgate das políticas públicas, no projeto de resgate da ciência, da pesquisa, da saúde, da educação e da salvação do meio ambiente.

E foi um projeto vitorioso. Acertamos porque, evidentemente, em menos de um ano, o Brasil já voltou a ser a nona maior economia do mundo. O Brasil está baixando a inflação, o país começou a recuperar o emprego e nós, do setor público, estamos no retorno do debate nas mesas de negociação, recuperando o nosso protagonismo no diálogo e no processo de debate nas mesas. Portanto, eu acho que foi acertado.

Agora cabe a todos nós, dirigentes sindicais, a todos da sociedade, lutar pelo resgate e recuperação do tempo perdido nesses últimos quatro anos. Aliás, dos últimos seis anos. Do golpe na Dilma (Rousseff), de 2016 para cá, o Brasil estava somente descendo a ladeira e, agora, evidentemente, começa a pegar a estrada principal da recuperação dos direitos, da dignidade e da autoestima do povo brasileiro.

 

DESAFIOS ADIANTE

Nós realizamos, no último dia 17 de dezembro, o nosso XIV Congresso da Condsef e o V Congresso da nossa federação, a Fenadsef, o qual nos deu o aval e nos reconduziu à reeleição no cargo de secretário-geral, como também elegeu os demais membros da direção, do conselho fiscal e de nosso departamento.

O nosso desafio somente se redobra a partir do momento em que a categoria reconhece e nos dá a segurança e o prazer de continuar os representando. Portanto, o nosso desafio é continuar defendendo as políticas públicas. Continuar defendendo os serviços públicos.

A pauta de reivindicações do conjunto do funcionalismo foi atualizada. Nós protocolamos junto à mesa de negociação do governo e, agora, é apostar que, no processo de diálogo, no processo de debate, a gente consiga ampliar essa questão das nossas demandas que estavam aí na geladeira por um bom período. A gente agradece muito a confiança do conjunto do funcionalismo e o nosso compromisso é o de continuar lutando e redobrando as nossas ações para atender esse conjunto de servidores e servidoras em todo o Brasil.


PRIORIDADES PARA 2024
Nós temos uma pauta de reivindicação que se acumulou aí pelos últimos sete anos, sem ter o respeito de diálogo, sem ter o respeito do debate. E essa pauta, ela foi aprimorada agora no nosso XIV Congresso da Confederação, que acabamos de realizar.

É fato que a categoria tem uma ansiedade de resolver todos os gargalos desses outros períodos no momento mais breve e no momento mais rápido. Mas a nossa prioridade, nesse momento, é resgatar o poder aquisitivo de compra do conjunto do funcionalismo. Tanto no que diz respeito a sua remuneração, como no que se diz respeito à questão dos nossos benefícios.

É muito importante, também, a gente ter prioridade à reestruturação das carreiras, bem como a recomposição da força de trabalho do conjunto do funcionalismo, que nos últimos anos ficou muito a desejar.

Portanto, com esse contingente de ideias, para além das demais pautas, a gente acha que a médio e longo prazo, conseguiremos dar conta dessa demanda que o conjunto dos cerca de 1.215.000 servidores tem. Portanto, nós somos otimistas. Vai ser possível, dentro do debate, começar a solucionar todos esses problemas que existem por conta dessa situação.


MENSAGEM À CATEGORIA
O ano de 2023 chegou ao fim. E para 2024, nós temos que utilizar a esperança do verbo que sempre foi utilizado por Paulo Freire, de esperançar. Para nós, deve ser um ano importantíssimo, fundamental, o segundo ano do presidente Lula, onde a gente tem a expectativa, eu particularmente sou um otimista de plantão, de que nós vamos conseguir avançar nas nossas reivindicações. Vamos conseguir conquistas e muitos avanços por conta do diálogo que foi aberto.

Então, a gente deseja a todo o conjunto dos servidores e servidoras que tenham um 2024 de esperança, de prosperidade e de um futuro bem importante para que todos nós possamos continuar com a nossa autoestima, super altiva. Tenham esperança. Nós vamos conseguir avançar e conquistar muitas demandas para o conjunto do serviço público, da população e para os servidores também. Abraço e até breve.


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